quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Quarta Dimensão da Imagem

Figura 1. Hans Holbein Os embaixadores, 1533.


Figura 2. Jacques-Henri Lartique, Grande Prêmio Automobilístico da França, 1912.

Frederic Fontenoy  

Andrew Dadivdhazy 

Marey

Duchamp, Nu descendo a escada, 1912

 Giacomo Balla, Dinamismo de um cão na coleira, 1912.

Anton Giulio Bragaglia 

Harold Edgerdon 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Michaeel Rush, Novas Mídias na Arte Contemporânea - Capitulo II Videoarte

Nos anos 60 depois do urinol de Duchamp o conceito tornou-se fundamental na arte. A videoarte nasce como oposição às comunicações de massa, sobretudo a televisão que era presente em 90% dos lares americanos naquela época.
É considerado o primeiro videoarte, uma gravação de Nam Jane Paik, integrante do Fluxus, feita em 1965 que acompanhou a comitiva do papa que passava pela Quinta Avenida em Nova York. Esse vídeo é classificado como vídeoarte, pela extensão da pratica artística de Nam que era associado a musica experimental e a performance. A videoarte deixa a questão da intenção do artista, sendo um produto não comercial, que não estava à venda.
O que levou os artistas, como Bruce Nauman, Joan Jonas, John Baldessari, a produzirem essa nova linguagem foi o seu baixo custo, e sua transmissão instantânea. Todos eles tinham como tema referente o tempo e a memória. Segundo Graham por Rush (p.78 2006) “O vídeo devolve dados originais ao ambiente imediato, em tempo presente. O filme é contemplativo e ‘distante’, afasta o observador da realidade presente e faz dele um espectador”.
Críticas à televisão eram frequentes e dominou como tema até a década de 80, para os artistas ela não passava de um entretenimento comercial, que banalizava assuntos em meio a tantos comerciais que alimentavam o consumo.
Após alguns anos começaram a surgir novos aparatos e computadores para a manipulação de imagens do vídeo, artistas que tiveram contato com grandes estúdios da televisão comercial como o casal Steina e Woody Vasuka criaram ferramentas e mecanismos artísticos para as imagens no processo digital. Nam June Paik além de produzir e ser o artista mais influente da videoarte contribuiu com seu sintetizador Paik/Abe, inovador, que manipulava imagens e as coloria, essa colagem eletrônica trazia imagens alteradas por cores, como mostra na obra Butterfly de 1986.
No seu inicio a videoarte estava diretamente ligada a performances, e alguns artistas praticavam como forma de arte conceitual e minimalista. Artistas que se caracterizaram na pratica do vídeo conceitual, questionavam o lugar do corpo na arte, como Vitor Acconci, que de uma perspectiva masculina revelou a falsa sensação de intimidade da imagem televisual.
A ascensão das mulheres na sociedade a tornou livre para a expressão artística, assim arte feminista ganha forma. Joan Jonas com suas performances deixava a exagerada repetição tomar conta, fragmentava e desorientava percepções do corpo feminino, como em Vertical Roll que ela aparece , batendo a colher contra câmera sugerindo uma metáfora com a vida domesticas que as mulheres levavam.  Assim como ela, outras mulheres como a artista Dara Birnbaum trabalharam com a estética do vídeo. Birnbaum se apropriou de imagens da Mulher Maravilha e que segundo Rush (p.92, 2006) “contestou o mito da mulher como amante e trabalhadora miraculosa, belamente esculpida”.
  Na década de 80 as câmeras estavam cada vez mais acessíveis com novas técnicas de processamento e filmavam imagens coloridas, isso faz a videoarte progredir e começar a assumir identidade própria. Nessa época os artistas buscavam essa identidade tanto em narrativas pessoais (sexual e cultural) como em liberdade política e econômica. A arte feminista traz a questão da sexualidade e criticas a degradação do corpo feminino na cultura popular, mostrada por programas de televisão.
Já Bill Viola trata o vídeo como expressão intensamente pessoal, a narrativa do eu e o não-eu presente no misticismo oriental, o interessavam e é tema central em sua obra.  Ele produzia vídeos altamente polidos e sofisticados. Segundo o autor (p.106 2006) “O que é vibrante na videoarte é o fato de que engloba tanto orçamentos grande quanto modestos, ao menos levando-se em conta o que se vê em festivais, museus e galerias”. O vídeo ganhou boa posição de legitimidade como arte, como pouquíssimos acreditavam em meados dos anos 80.
A videoarte no século XX tornou-se atraente aos jovens artistas pelo fácil acesso as novas mídias, possibilitando narrativas, experimentações e transmissão de mensagens pessoais.